LOUVORES

sábado, 29 de junho de 2013

Redes sociais, local de protesto dos manifestantes brasileiros

Reprodução
protestos
São Paulo - Enxurradas de tweets, comentários no Facebook, milhares de fotos publicadas no Instagram. Jovens protestando com uma bandeira na mão e um celular na outra para não perder nenhum registro: as redes sociais são as outras ruas e praças dos protestos no Brasil.
São o grande canal de comunicação que se mantém com força após quase duas semanas de protestos que surpreenderam o mundo.
A frase "o gigante acordou" se transformou em um dos lemas que se espalhou rapidamente graças à internet.
"Quando o povo acorda, o governo não dorme", twitou um jovem. "Demorou a acordar e agora vai demorar a voltar a dormir", alertou outro.
"Chega de corrupção" é outro dos emblemas favoritos em um país há meses do julgamento histórico por corrupção do Mensalão.
Uma internauta comemorava no Twitter a manifestação que, na quinta-feira, levou às ruas brasileiras mais de 1,2 milhão de pessoas a protestar contra um amplo leque de temas como os milionários gastos na Copa do Mundo de 2014, a má qualidade dos serviços públicos e os políticos.
"Que orgulho, ontem foi lindo!", comentou, acrescentando as hashtags #ogiganteacordou e #vemprarua, outro slogan destas mobilizações, as maiores das últimas duas décadas no Brasil.
A onda de protestos, que surgiu contra o reajuste no preço do transporte público, derivou em uma reivindicação generalizada contra "tudo o que está errado neste país", como disse à AFP um jovem durante um protesto em São Paulo.
Contudo, as redes sociais também alimentam de informação os serviços de inteligência.
"O que obtemos na internet é informação aberta, como as datas dos protestos", declarou à AFP, Gustavo Weber, assessor de imprensa da Agência Brasileira de Inteligência, Abin.
Esta semana, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que os serviços brasileiros monitoravam os protestos não só através das redes sociais, mas também pelos serviços de mensagens como o aplicativo Whatsapp para smartphones.
O responsável da Abin negou: "Isso é equivocado. Não estamos fazendo nenhum tipo de espionagem, nem quebrando contas de usuários nem obtendo senhas. As redes sociais são os sites onde mais se divulga informações. Com dezenas de cidades mobilizadas, seria uma irresponsabilidade da Abin não acompanhar o que está acontecendo".
Os debates são ferozes na rede e abordam, por exemplo, a violência em algumas manifestações. As autoridades destacaram o caráter pacífico dos protestos e repudiaram os atos de vandalismo em algumas cidades onde houve quebra-quebra, saques, veículos queimados e centenas de feridos.
"Já houve dois mortos, vamos protestar em paz", pede uma internauta após saber das mortes acidentais ocorridas na quinta-feira durante os protestos.
As mobilizações começaram em São Paulo convocadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), que se comunica através de seu site (https://www.facebook.com/passelivresp).
Este movimento confirmou que continuará convocando protestos, inclusive depois de as autoridades revogarem o aumento da passagem do transporte público. Na sexta-feira, alguns porta-vozes tinham indicado que suspenderiam as convocações em oposição à violência e a rejeição de alguns manifestantes de protestar junto com membros de partidos políticos.
Uma bandeira do PT foi queimada na quinta-feira na marcha da Avenida Paulista.
Diante da eventual saída do MPL, o Twitter explodiu.
"O MPL de São Paulo se vendeu ao sistema. Vergonha", escreveu um usuário.
"Se o MPL vai embora por 20 centavos é a prostituta mais barata do mundo", disse outro, se referindo ao aumento revogado das tarifas de transporte que desatou as manifestações.
Pelo menos na internet, os brasileiros parecem continuar dispostos a se manifestar.
"A luta continua. Para o Brasil mudar, a luta não pode parar!", escreveu outro.



sexta-feira, 28 de junho de 2013

PAUTA EMERGENCIAL DE REIVINDICAÇÃO REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MACAÉ

TODOS À ASSEMBLEIA GERAL DO SEPE DIA 04 / 07 AS 17H NO AUDITÓRO DO 

C.M.MARIA IZABEL  

13 pontos da campanha 2013.




1º CUMPRIMENTO da Lei FEDERAL Nº 11.738/08. Apesar de termos conquistado o cumprimento da implantação do 1/3 a partir do dia 1º de agosto. A proposta oficial da SEMED, elaborada pelo Colegiado Ampliado de Diretores, não contempla a reivindicação da categoria, pois é baseada na hora relógio e não na hora aula (tempo), direito conquistado. Reivindicamos também que o 1/3 nas escolas seja garantido com professores concursados, qualificados e não oficineiros;

2º CHAMADA DE TODOS OS CONCURSADOS e abertura de concurso público para professor e funcionário;

 REVISÃO DO PLANO DE CARREIRA para incorporar os Funcionários e Auxiliares. O PCCV atual foi fruto da nossa mobilização e lutar por melhorias faz parte de nossa luta, atualmente o PCCV é do Magistério. Defendemos o PCCV dos Profissionais da Educação. Somos todos Educadores! A Revisão do PCCV deve tirar a cláusula que coloca o IPCA como único reajuste e as clausulas que tangem a avaliação de desempenho na rede. NÃO à MERITOCRACIA;

 Considerando que 50% dos servidores municipais que entram de licença médica são profissionais da educação, lutamos por melhores condições de trabalho e defendemos a Redução da jornada de trabalho dos ASE de 30h para 20h e redução da jornada de trabalho dos ASG e Funcionários de 40h para 30h;

 50% DE AUMENTO REAL JÁ! Sabemos que só o índice do IPCA não atende a redução do poder de compra dos nossos salários. É preciso ter reajuste anual além do IPCA. A nossa categoria está cada vez mais endividada, pois a inflação corrói os salários a cada ano. Além do que o desconto do MAC-Previ de 11% também pesa sobre nossos salários. Precisamos fazer altas jornadas de trabalho para garantir o sustento de nossas famílias. Considerando que a Câmara deu 50% de reajuste para os cargos comissionados da câmara de vereadores, então é mais que justo que dê 50%, também, para o conjunto dos servidores de Macaé. A reivindicação histórica do SEPE é o piso de 5 salários para professor e 3,5 para funcionários;

6º Incorporação de todas as gratificações ao salário base, para garantirmos uma aposentadoria digna, pois gratificação não é salário e não conta para a aposentadoria;

 20% da Gratificação dos Auxiliares que estão em turma com os professores ou em apoio aos alunos NE, deve ser incorporada para todos os Auxiliares que estão na escola, pois entendemos que todos são educadores e trabalham diretamente com os alunos;

 Revisão das escolas que recebem Gratificação por Local de Trabalho, pois muitas escolas que sofrem com problemas de difícil acesso ou violência não estão recebendo. Reivindicamos que com a revisão do PCCV seja garantido o direito de todos os profissionais dessas escolas receberem a Gratificação, pois todos sofrem com os mesmos problemas, atualmente somente os professores recebem tal gratificação, os funcionários não recebem, isso é um absurdo;

 VALE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL, pois grande parte dos profissionais da educação são de outros municípios;

10º Duas matrículas dois benefícios, atualmente os benefícios como o Auxílio Alimentação, Regência, Grat. por Local de Trabalho etc. são pagos somente em uma matrícula, já o desconto do MAC-PREVI vem nos dois contracheques, um absurdo. Por isso defendemos que todos os benefícios devem ser pagos igualmente nas duas matrículas. A Prefeitura não tem o direito de economizar com o salário dos servidores que já são extremamente precarizados;

11º Incorporação do aumento de 36% para os ASE, que já havia sido aprovado no PCCV de 2011, junto com a equiparação do salário dos professores ao servidor público municipal, e até o momento não foi implementado;

12º Fim das terceirizações, contratos temporários, cargos comissionados e ONGs dentro das escolas, inclusive a merenda que é de péssima qualidade, este serviço deve ser prestado pela prefeitura e deve haver concurso para merendeira das escolas;

13º Pelo fim do desconto indevido do MAC-Previ, que desconta 11%, quando a Lei federal do INSS regulamenta o desconto mínimo de 8%, reivindicamos que o MAC-PREVI siga a tabela do INSS. O MAC-PREVI desconta indevidamente o valor das gratificações de DEs que não contam para a aposentadoria. O Sepe defende que este dinheiro apropriado indevidamente pelo MAC-PREVI seja devolvido para a categoria e pare imediatamente esse desconto. A Educação tem pressa! Ser educador é lutar em defesa da escola pública gratuita e de qualidade para os filhos dos trabalhadores. Na capital nacional do petróleo a Educação deve ser prioridade!

Campanha salarial 2013.

Não fique isolado, seja um filiado!

Sepe, Sindicato dos Profissionais da Educação- Núcleo Macaé.


terça-feira, 25 de junho de 2013

GOVERNO DISTRIBUI CARTILHAS QUE FAZEM APOLOGIA AS DROGAS


Advogada denuncia ´sujeiras`contra a vida e família aprovadas pelo Governo com o dinheiro público


Cita, por exemplo, cartilhas escolares distribuídas pelo SUS ensinando crianças a usar crack



Advogada denuncia ´sujeiras`contra a vida e família aprovadas pelo Governo com o dinheiro público
A advogada e Assessora Jurídica da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional fez denuncias alarmantes em palestra ministrada na Primeira Igreja Batista de Campo Grande (MS). Mostrando provas e citando nomes, ela desmascara as ações que estão sendo implementadas no Brasil contra a família e a vida. 
A explanação traz à tona ações governamentais a favor da legalização do aborto, da distribuição de cartilhas escolares que ensinam crianças a usarem drogas, se masturbarem, terem relações sexuais, tudo aprovado pelo Ministério da Educação com gastos em milhões de reais pagos pelo povo.

Dentre as denúncias, está uma cartilha promovida pelo SUS, enviada a postos de saúde nas escolas públicas, que, entre outros absurdos, ensina crianças, na faixa etária de 10 a 12 anos, a como usarem a cocaína e o crack. Nesta cartilha, encontram-se trechos como “Ao usar o crack, passe protetor labial para os seus lábios não ressecarem” e "Esses equipamentos são só seus, não compartilhe"(imagem ao lado)Segundo a Dra. Damares, professoras contam que o Ministério da Saúde as orienta a ensinarem às crianças a, caso queiram cheirar cocaína, “usarem canudo de plástico e não o de papel, que tem muitas bactérias”.Todo esse material foi pago com dinheiro público pelo SUS, que, como a assessora parlamentar bem ressalta, alega não ter verba para realizar cirurgias de cataratas, mas para esse tipo de “educação” gastou milhões.Esse vídeo é um alerta a pais, cidadãos brasileiros que pagam impostos com dificuldades e, sobretudo, um chamado urgente para a Igreja do Brasil sair de suas zona de conforto e agir. 



http://youtu.be/BKWc0sUOvVM


A Dra. Damares Alvez é pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, advogada, mestre em educação, atualmente exerce as funções de Assessora Parlamentar no Congresso Nacional, é assessora jurídica da Frente Parlamentar Evangélica e secretária nacional do Movimento Brasil Sem Aborto. É também assessora jurídica da Frente Parlamentar da Família e Apoio a Vida, liderada pelo senador Magno Malta, e co-fundadora do movimento ATINI – Voz Pela Vida, que exerce uma importante luta no combate à violência contra crianças indígenas. Além disso, a Dra. Damares é diretora de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE).

Veja a tragédia que o Governo do PT está levando para nossas crianças dentro das escolas:


Cartilha "De Homem para Homem" dada para crianças a partir de 10 anos
Certa Diretora disse que as crianças estavam levando essa cartilha
ao banheiro para se masturbarem.


Cartilha distribuído pelo SUS nos postos de saúde e nas escolas,
ensinando a criança a passar manteiga de cacau nos lábios antes de usar crack.
Quando usar Cocaína, use canudo de plástico pois o de papel tem bactéria.
Quando for comprar ecstasy, compre com entendidos para não levar errado.


Cartilha distribuída em Escola Pública de Rondônia.
As meninas que recebiam essa cartilha também receberam um espelhinho para se masturbar


Cartilha distribuída em Escola Pública do Rio de Janeiro.
As crianças de 10 anos são instruídas a não mostrarem essa cartilha aos pais.
Ensina as meninas a usarem o dedinho ao se masturbarem e cuidados para não se machucarem.


Essa cartilha ensina e incentiva crianças de 10 anos sobre as ficadas.
As crianças devem relatar as 8 melhores ficadas, incluindo com quem, onde foi, como foi e se gostou.
Ensina as meninas de 10 anos onde é o ponto "G". 
(Crianças estão tendo inflamações na vagina e colo do útero por procurarem o ponto G para ter prazer)


Figura mostrada em Escola de Curitiba para crianças fazerem redação sobre o que veem.
"O Fazendeiro Solitário". Reparem o membro do fazendeiro e a cloaca das galinhas.

Fonte: http://www.sabervencer.com.br/2013/04/sera-que-os-pais-conhecem-o-material.html


PT, o governo que está se posicionando contra a ética, a moral e a família, ou seja contra aquilo é a base da  sociedade. 
Algumas pessoas até concordam com as cartilhas, desde que elas não sejam entregues a seus filhos.

domingo, 23 de junho de 2013

EDUCAÇÃO X IDEB


Brasil tem 4,2 mil escolas que nunca 

conseguiram atingir sua meta do Ideb

Índice avalia a qualidade do ensino no ensino fundamental e ensino médio.
Inep diz que dialoga com as redes para auxiliar escolas com problemas.




Carência de professores compromete ensino em escolas estaduais de AL (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Ideb analisa ensino fundamental e médio no Brasil
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O Brasil tem 4.283 escolas públicas que desde 2007, primeiro ano em que foi possível avaliar a evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), jamais conseguiram atingir suas metas individuais calculadas pelo governo federal.
Os cálculos do levantamento incluem apenas as escolas de ensino fundamental que tiveram o Ideb calculado nestes três anos. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados do último Ideb divulgados pelo Ministério da Educação, 1.828 escolas não conseguiram atingir a meta dos primeiros anos do ensino fundamental, 2.232 escolas ficaram abaixo da projeção nas turmas dos anos finais do fundamental e 223 escolas tiveram índices abaixo do esperado em 2007, 2009 e 2011 tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais do ensino fundamental.

Os cálculos do levantamento incluem apenas as escolas de ensino fundamental que tiveram o Ideb calculado nestes três anos. Segundo levantamento feito pelo G1 a partir dos dados do último Ideb divulgados pelo Ministério da Educação, 1.828 escolas não conseguiram atingir a meta dos primeiros anos do ensino fundamental, 2.232 escolas ficaram abaixo da projeção nas turmas dos anos finais do fundamental e 223 escolas tiveram índices abaixo do esperado em 2007, 2009 e 2011 tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais do ensino fundamental.
O Ideb foi criado pelo governo federal para medir a qualidade das escolas e redes de ensino. Ele é calculado a cada dois anos desde 2005 com base no resultado da Prova Brasil e nas taxas de aprovação. Há indicadores calculados para cada escola, rede de ensino, município, estado e o país.
Todas as instituições públicas têm uma meta própria para alcançar a cada dois anos nos últimos anos do ensino fundamental I e fundamental II. A nota vai de zero a 10. A expectativa do governo federal é que, em 2021, os anos iniciais do fundamental brasileiro alcancem o Ideb 6,0. Para os anos finais, a meta é 5,5 pontos.
As 4.238 escolas representam 13,8% do total de 31.042 instituições que se encaixam nesta categoria. De acordo com o MEC, entre todas as instituições, 7.126 têm turmas tanto do ensino fundamental I quanto do ensino fundamental II, 15.392 só oferecem aulas dos anos iniciais do fundamental, e 8.524 instituições são apenas para turmas a partir dos anos finais do fundamental.
Mesmo sendo minoria, boa parte dos colégios abaixo da meta ainda não dá sinais de que possa alcançar a meta, que sobe a cada Ideb: 1.221 delas viram o Ideb 2011 cair em relação ao de 2009, o que indica um afastamento ainda maior da projeção feita pelo governo. Nesse grupo, 28 escolas estão nesta situação em ambos os ciclos do fundamental.
Atualmente, 2.475 colégios estão mais de 0,5 ponto abaixo do que o esperado para 2011.
Das 31.042 escolas com Ideb em todos os anos, 4.238 delas (ou 13,8%) nunca conseguiram atingir sua meta individual
Dessas, 1.221 ficaram ainda mais longe da meta no último Ideb, e2.475 estão a mais de 0,5 ponto de atingir a projeção
Apoio específico
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, afirma que o percentual de escolas e municípios que atingem a meta é "muito maior" do que o grupo de escolas aquém do esperado. Em entrevista ao G1, ele explicou que as escolas que enfrentam problemas para se manter dentro das expectativas recebem auxílio do governo, mas seguindo as autonomias de cada rede.
Uma das ações citadas por ele é o Mais Educação, programa para escolas com aulas em tempo integral. "Quando temos problema no Ideb, uma das coisas que temos procurado priorizar é a questão da escola em tempo integral", disse.
O governo espera que, até o fim do ano, 45 mil escolas ofereçam aos alunos, além do turmo normal de aulas, atividades no turno oposto. Para participar do Mais Educação, as escolas precisam se inscrever e passar por uma seleção. O prazo para a adesão das instituições pré-selecionadas em 2013 acabou em 31 de maio.
Além do ensino em tempo integral, o MEC ainda mantém diálogo com as redes e esferas estaduais e municipais de governo, munindo os gestores de dados para o planejamento pedagógico das escolas. O governo federal criou ainda o Programa de Ação Articulada (PAR) para oferecer apoio e recursos a escolas e redes interessadas em apoio mais ostensivo à gestão educacional.
Distorções e revisão da meta
Entre as instituições que integram o grupo de escolas do fundamental que nunca conseguiram atingir sua meta, porém, não existem só instituições com têm resultados considerados ruins. Há exemplos de escolas com indicador acima de 6,0 e que já bateram a meta do Brasil para 2021, por exemplo. Mesmo com Ideb maior a cada ano e uma educação considerada muito acima da média do país, essas instituições ainda não conseguem alcançar a projeção calculada pelo governo.

Como o Ideb usou a base dos resultados educacionais de 2005, em alguns casos, aquele ano específico pode não refletir a realidade da escola. Por isso, a instituição acaba tendo que perseguir uma meta incompatível com suas condições reais.
O movimento Todos pela Educação, que reúne empresários e especialistas, também usou os mesmos dados para criar, em 2006, cinco metas para a educação brasileira. A terceira também estabelece projeções de resultados acadêmicos para escolas e redes de ensino. Segundo a diretora-executiva da entidade, Priscila Fonseca da Cruz, a meta é composta por três elementos: o que se quer medir, que resultado se espera ter e qual o prazo desejado para obter este resultado.
Foi imaginado o esforço necessário para aquela escola avançar. A melhoria em educação não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona"
Luiz Cláudio Costa,
presidente do Inep
O primeiro elemento, para ela, é o que mais tem sido objeto de estudos, mas a expectativa de que o ensino fundamental I no Brasil tenha Ideb 6,0 até 2021 ainda é pouco debatida.
Tanto no caso da entidade quando no das metas governamentais, ela defende que a elaboração de projeções com base em uma série histórica seria mais precisa do que a partir de apenas um resultado. "Se você olhar os resultados de um ano para o outro, eles podem oscilar. Mas quando você pega uma série maior, você tem mais consistência para ver se a escola está em uma curva ascendente, descendente, se é uma curva ascendente ou acentuada, ou se é o que chamamos de 'flat', quase uma reta. Com o histórico em mãos, seria muito mais preciso a gente traçar metas intermediárias até 2021", afirmou ela.
Ao G1, o presidente do Inep disse que a projeção do Ideb foi feita a partir de estudos técnicos e científicos baseados em avaliações internacionais, levando em conta também as especificidades de cada escola. É por isso que duas escolas com Ideb idêntico em 2005 hoje têm metas diferentes, diz ele. "Foi imaginado o esforço necessário para aquela escola avançar. A melhoria em educação não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona." Ainda segundo ele, não há debate no governo sobre a possibilidade de as metas serem revistas antes de 2021.
Reduzir o currículo para aumentar o Ideb
No segundo semestre de 2013, o governo aplicará a nova edição da Prova Brasil, um dos elementos que compõe o cálculo do Ideb. Segundo Angela Dannemann, diretora-executiva da Fundação Victor Civita, a grande divulgação do índice e a política de metas e expectativas para 2021 aumentou a pressão que a sociedade faz sobre bons resultados das escolas e sobre os gestores que cuidam da educação pública.
Se por um lado isso é positivo porque o Ideb é "o primeiro indicador de qualidade" da educação brasileira, por outro Angela alerta que há riscos de que as escolas desenhem seus currículos apenas para obterem bons números no indicador do governo federal.

Em Goiás, por exemplo, o Ministério Público e a secretaria estadual de Educação investigam denúncia de um conselho tutelar sobre sete escolas suspeitas de expulsar alunos com mau comportamento e rendimento para melhorar seu Ideb e receber mais verba do governo estadual
O presidente do Inep afirmou que a maioria das escolas leva a sério a tarefa de melhorar o Ideb através de projetos pedagógicos. "O que a gente tem visto das redes é um grande esforço com muita seriedade, trabalho e dedicação dos gestores e professores. Essa é a regra, e a excepcionalidade não é tolerada nem pelo MEC nem pelos gestores estaduais nem pelos municipais."
Angela afirma que alguns estudos preliminares também já apontam práticas "preocupantes" em algumas redes de várias partes do Brasil. Alguns indícios mostram que elas decidiram aumentar a carga horária das aulas de matemática e português nos primeiros anos do ensino fundamental e eliminar ciências e artes. O objetivo é que os alunos dediquem mais de seu tempo ao conteúdo que vai cair na Prova Brasil.
"Não pode haver redução de currículo para atender uma prova. Se só se dá valor à prova, a gente está fazendo com as crianças uma redução da aprendizagem", afirmou ela.
Não pode haver redução de currículo para atender uma prova. Se só se dá valor à prova, a gente está fazendo com as crianças uma redução da aprendizagem"
Angela Dannemann,
diretora-executiva da Fundação Victor Civita
Na Prova Brasil, são consideradas apenas as matérias de língua portuguesa e matemática. De acordo com o MEC, a partir de 2013 as questões de ciências vão ser inseridas, mas em caráter experimental, e ainda não vão ser incluídas no cálculo do Ideb.
"Você não garante o objetivo e o direito de aprendizagem só olhando de dois em dois anos. São muitas coisas em que temos que atuar ao mesmo tempo. O Ideb é importante, mas você precisa ao mesmo tempo fazer funcionar a escola com todo o conhecimento que precisa ser passado para as crianças. A cada dois anos a gente avalia [em nível nacional], mas a escola tem que avaliar a cada bimestre", disse Angela.
A especialista defende que as redes do município e do estado, além da própria escola, tenham que ter um plano para garantir o aprendizado global dos estudantes, principalmente nos primeiros anos do fundamental, quando o interesse e a curiosidade em aprender precisam ser fomentados. "É o famoso projeto político-pedagógico da escola. Mas você precisa de um professor preparado para atender isso, o professor precisa de melhor formação. A meta tem que ser uma coisa que vai estimular o desenvolvimento da escola e dos professores, não criar caminho paralelo para atender índices."
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